DSK nega orgias "frenéticas" e reafirma inocência

Ex-diretor do FMI arrisca 10 anos de prisão e 1,5 milhões de multa por proxenetismo.
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Ainda não eram 09:30 quando Dominique Strauss-Kahn se sentou na sala de audiências do tribunal de Lille. Acusado de proxenetismo agravado, o ex-ministro francês e ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) foi dos primeiros a chegar. De fato escuro e gravata cinzenta, cumprimentou os restantes arguidos e aguardou serenamente as perguntas do juiz. E em voz pausada garantiu não saber que as mulheres que participavam nas festas em Lille, Paris, Bruxelas e Washington eram prostitutas. E que se o soubesse nunca as teria frequentado por ser "muito perigoso" para um homem com o estatuto que tinha na altura.

"Fazê-lo com prostitutas não é o meu conceito de ter relações sexuais", garantiu DSK, como é conhecido o ex-ministro socialista. E acrescentou: "Não tenho desprezo pelas prostitutas, mas não gosto, porque gosto que o sexo seja uma festa." Além disso, participar em encontros sexuais organizados com mulheres pagas teria sido "demasiado perigoso" tendo em conta o seu cargo no FMI, que o deixava vulnerável a chantagens.

Caído em desgraça em maio de 2011, quando foi detido em Nova Iorque por suspeita de violar uma empregada de hotel, DSK manteve a versão de que apenas participou em festas "libertinas", desconhecendo tratar-se de orgias pagas. Na altura, DSK era casado com a jornalista Anne Sinclair, da qual se divorciou após o regresso a França na sequência do acordo judicial com Nafissatou Diallo, a empregada que o acusou de violação. Agora, DSK, de 65 anos, mantém uma relação com a relações pública Myriam L"Aouffir.

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